
Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
No estado do Rio Grande do Sul, 93 cidades estão em situação de alerta ou risco de surto de dengue, zika e chikungunya de acordo com o novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2018. Desse total, 84 estão em alerta e nove em risco de surto das doenças. Outras 212 estão em situação satisfatória e 143 municípios usaram armadilha, metodologia utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente. A capital, Porto Alegre, fez o monitoramento por armadilha. No Estado, a maior parte dos criadouros foi encontrada em depósitos domiciliares (645), seguida de depósitos de lixo (508) e água (306).
Nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde entregou mil caminhonetes para diferentes regiões do país como força efetiva no combate ao mosquito transmissor. Ao todo, foram investidos R$ 109,4 milhões na aquisição desses veículos. Com essas caminhonetes, os Estados e municípios podem acoplar os equipamentos de combate para ações locais.
Conforme levantamento feito pelo Diário na última terça-feira, Santa Maria tem 47 focos do mosquito Aedes aegyoti. Veja os locais clicando aqui.
DADOS NACIONAIS
Em todo o país, 5.358 municípios, 96,2% da totalidade de cidades, realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor dessas doenças, sendo 5.013 por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 345 por armadilha. A metodologia armadilha é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente.
Alunos de escola municipal fazem ação de prevenção ao mosquito transmissor da dengue em Santa Maria
O Ministério da Saúde recomenda aos municípios que realizem ao menos quatro vezes ao ano o LIRAa. Em janeiro de 2017, a pasta publicou Resolução nº 12 que torna obrigatório o levantamento entomológico de infestação por Aedes aegypti pelos municípios e o envio da informação para as Secretarias Estaduais de Saúde e destas, para o Ministério da Saúde. A realização do levantamento está atrelada ao recebimento da segunda parcela do Piso Variável de Vigilância em Saúde, recurso extra que é utilizado exclusivamente para ações de combate ao mosquito. Até então, o levantamento era feito a partir da adesão voluntária de municípios.
DENGUE
Até 3 de dezembro, foram notificados 241.664 casos de dengue em todo o país, um pequeno aumento em relação ao mesmo período de 2017 (232.372). A taxa de incidência, que considera a proporção de casos por habitantes, é de 115,9 casos/100 mil habitantes. Em comparação ao número de óbitos, a queda é de 19,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de 176 mortes em 2017 para 142 neste ano.
CHIKUNGUNYA
Até 3 de dezembro, foram notificados 84.294 casos de chikungunya em todo o país, redução de 54% em relação ao mesmo período de 2017 (184.344). A taxa de incidência, que considera a proporção de casos por habitantes, é de 40,4 casos/100 mil habitantes. Em comparação ao número de óbitos, a queda é de 81,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de 191 mortes em 2017 para 35 neste ano.
ZIKA
Até 3 de dezembro, foram notificados 8.024 casos de zika em todo o país, redução de 53% em relação ao mesmo período de 2017 (17.025). A taxa de incidência, que considera a proporção de casos por habitantes, é de 3,8 casos/100 mil habitantes. Neste ano, foram quatro óbitos por Zika.
*Com informações do Ministério da Saúde